“Só podemos amar na liberdade, e foi por isso que o Senhor nos criou livres, livres até de lhe dizer não”, disse o papa Francisco na audiência geral de hoje (7), na aula Paulo VI, no Vaticano, acrescentando que “só Deus sabe o que é verdadeiramente bom para nós”.

Continuando sua série de catequeses sobre o discernimento, Francisco falou da importância da liberdade e disse que “a possessividade é inimiga do bem e mata o afeto”.

Francisco lamentou que "os numerosos casos de violência no âmbito doméstico, de que infelizmente temos notícias frequentes, surgem quase sempre da pretensão de possuir o afeto do outro, da busca de uma segurança absoluta que mata a liberdade e sufoca a vida, tornando-a um inferno”

O papa exortou à entrega generosa a Deus, porque oferecer ao Senhor o que mais amamos "permite-nos vivê-lo da melhor maneira possível e na verdade, como um dom que nos concedeu, como sinal da sua bondade gratuita, conscientes de que a nossa vida, assim como toda a História, está nas suas mãos benevolentes”.

O papa disse que na Bíblia “o temor de Deus” consiste no “respeito a Deus, uma condição indispensável para aceitar a dádiva da Sabedoria”.

“É o temor que afasta todos os outros receios, porque está orientado para Ele, que é o Senhor de tudo. Perante Ele nada nos pode inquietar”, disse o papa.

Para Francisco, “reconhecer isto é fundamental para uma boa decisão, e tranquiliza acerca daquilo que não podemos controlar nem prever: a saúde, o futuro, os entes queridos, os nossos projetos”.

“O que importa é que a nossa confiança seja depositada no Senhor do universo, que nos ama imensamente e sabe que, com Ele, podemos edificar algo magnífico, algo eterno. A vida dos santos no-lo mostra da maneira mais bonita”, concluiu o papa.

Imaculada Conceição

Na saudação aos fiéis de língua espanhola, o papa Francisco recordou que amanhã, 8 de dezembro, a Igreja celebra a solenidade da Imaculada Conceição de Maria, por isso convidou a pedir a "nossa Mãe que nos ajude a tomar boas decisões e a cumpri-las, para maior glória de Deus e bem do próximo”.

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