APARECIDA, 21 de mai de 2007 às 16:50
O Presidente da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Dom Luis Augusto Castro, assinalou que "necessitamos laicos metidos no mundo da política, da cultura, da investigação, da docência, em todos os campos. Aí é onde o laico tem que verdadeiramente demonstrar o que é como laico, como discípulo e missionário de Jesus Cristo a favor da vida".
Em entrevista concedida a ACI Digital em Aparecida, Brasil, o também Arcebispo de Tunja indicou que "há uma grande quantidade de laicos, mas quando se chega às fases decisivas em uma nação, quando tem que aparecer a fé do laico, o laico se esconde, deixa fora a fé e entra apenas o político mas não entra o político fiel, apenas o político e necessitamos que entre o político fiel e seja capaz de lutar desde a política dos valores do evangelho".
O Prelado colombiano, que participa da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, considerou que "necessitamos uma nova geração de laicos aguerridos, dispostos a dar razão de sua fé e dispostos a lutar desde sua fé pela transformação de nossa sociedade na linha que pede o evangelho".
Em seguida, Dom Castro disse a ACI Digital que "o discípulo de hoje tem que ter a valentia de ir além de sua própria preocupação, não tem apenas que ter a disponibilidade de conhecer, amar e seguir Jesus Cristo, mas sim a disponibilidade de fazê-lo conhecer ali onde não é conhecido, ajudar para que seja acolhido e seguido ali onde não é seguido, essa é toda a dimensão missionária do discípulo que quisemos explicitar nesta Conferência".
Depois de denunciar a primazia do "egoísmo sobre a solidariedade", o Presidente da CEC explicou que "isso se traduz na iniqüidade que está vivendo o Continente e por isso a falta de desenvolvimento integral é um problema também ético, quer dizer, o problema de uma solidariedade que não cresce porque o individualismo como cultura é bastante forte e leva a cada um a procurar mais seu próprio proveito e não o bem comum que é tão importante".
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Defesa da vida
"Neste momento nossa esta ação orientada a formar, iluminar a consciência dos colombianos, em fazer entender que uma coisa é o legal, outra coisa é o moral e ainda quando legalmente há coisas que agora estão permitidas, moralmente não está permitido; de maneira que as pessoas fazendo esta distinção saibam como atuar, como decidir", prosseguiu o Arcebispo de Tunja ao falar das ações que tomou a Igreja na Colômbia ante a recente legalização parcial do aborto no país.
"Temos que ajudar muitíssimo mais à mulher que estão em gestação, temos que elaborar uma pastoral muito mais dinâmica para acompanhá-la e não só exigir sacrifícios mas oferecer ajudas verdadeiramente eficazes", adicionou.
Ao comentar o contrato que o governo realizou com algumas ONGs para promover o aborto no país, o Prelado colombiano indicou que "a consciência da gente está em favor da vida, então eles (o governo) precisam começar a fazer um trabalho para conseguir destruir essa consciência que favorece a vida e poder promover assim com mais eficácia o aborto. Parece-me que é algo verdadeiramente maligno, diabólico e contra isso temos que lutar ajudando a nossa gente a formar sua consciência, iluminando-a para que saiba sempre distinguir entre o que é legal e o que é moral".
Para ler a entrevista completa, acesse: http://www.acidigital.com/aparecida07/entrevista7.htm