MADRI, 22 de mai de 2007 às 23:44
O diretor da Fundação Vida, Manuel Cruz, denunciou que "ao admitir o aborto em alguns casos, em Anistia Internacional (AI) produziu-se uma grave quebra do Direito à Vida, o primeiro dos direitos humanos, e com isso põe em risco seu excelente histórico como defensor dos direitos humanos".
Há algumas semanas, a dirigente do AI, Widney Brown, declarou à agência Reuters que sua entidade decidiu apoiar o aborto legal em casos de violação, incesto e risco de vida para a mãe.
Cruz recordou que "o Direito à Vida está reconhecido na Declaração Universal de Direitos Humanos (...) Os direitos humanos não podem ser gerais e que, portanto, possam dar-se exceções".
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"O objeto do Direito humano à Vida é toda a vida humana, do momento da concepção até seu término natural", adiciona e explica que "se não se respeitar e se compreende a cada ser humano assim que tal, em sua intrínseca dignidade de homem, primeiro se aceita o feticídio, que é um crime, e em seguida se fomenta sua despenalização, como quer fazer agora AI".
"Se AI fomentar a despenalização do assassinato dos seres humanos mais indefesos, com que autoridade continuará denunciando outros direitos? Como vai lutar contra a pena de morte ou a tortura, se fomentar a morte e a tortura intra-uterina dos indefesos que não têm voz?", questiona Cruz.
Do mesmo modo, afirma que "a uma mulher violada ou grávida por um incesto, lhe oferecer o aborto lhe ocasiona um trauma como tornar a violar. Quem a leve a abortar seu casal ou um familiar é tão grave como reiterar o incesto. Frente a isso, o melhor seria formar assessores que curem as feridas em quem quer abortar, dissuadindo, e evitar assim o trauma posterior do aborto, que é muito pior. Além disso, no Terceiro Mundo este novo modo de trabalho geraria mais emprego e suporia uma maior felicidade para as mães".