O Fundador da Comunidade Shalom, Moisés de Azevedo Filho, afirmou que a missão dos movimentos eclesiais, mencionados 18 vezes pelo Papa Bento XVI em seus discursos no Brasil, consiste em procurar aos batizados da América Latina que "estão longe da Igreja, longe de Cristo" já que estas novas comunidades e associações possuem "a ousadia, a audácia, a parresía para poder sair ao encontro destas pessoas".

Em entrevista concedida ao ACI Digital, o laico brasileiro cuja comunidade foi reconhecida recentemente como Associação Internacional de Fiéis de Direito Pontifício, destacou que logo depois de sair ao encontro destas pessoas, é tarefa dos movimentos eclesiásticos "prepará-los através de itinerários educativos para que possam ser verdadeiros construtores de uma sociedade reconciliada onde o amor de Deus está diante de tudo".

"Ante a secularização que vive nosso continente, ante as mudanças que vivemos; os movimentos eclesiais e as novas comunidades com seus carismas são uma experiência da juventude do Espírito da Igreja", precisou o Fundador que participa da V Conferência Geral do Episcopal Latino-americano e do Caribe em Aparecida.

Para Moisés de Azevedo, os movimentos eclesiais "fazem que a Igreja possa responder aos desafios de cada tempo e sem dúvida este é um tempo especial. Os novos carismas são uma resposta providencial do Espírito como há tal muitas vezes o Papa João Paulo II e como repetiu Bento XVI".

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"Penso que ante a secularização, o relativismo, o subjetivismo, a globalização, os movimentos eclesiais e as novas comunidades têm esta graça particular e brindam uma resposta ao homem de hoje dando sentido a sua vida, dando uma visão da Igreja e dando força a seu batismo", explicou o Fundador do Shalom.

"Nós a partir de nossas experiências, a partir daquilo que vivemos –porque uma coisa importante é que temos um itinerário educativo à luz do carisma de cada movimento, de cada nova comunidade– à luz disto podemos contribuir na maneira de como formar discípulos e missionários de Jesus Cristo hoje. Não somos a única via, mas se uma via comprovada, uma via importante", adicionou.

Ao falar da Grande Missão Continental que será lançada ao término da V Conferência Geral, Moisés de Azevedo destacou que esta "se inserida na dimensão dos novos movimentos porque uma dimensão muito forte deles é a universalidade e a missionariedade. Com a missionariedade de seus participantes os movimentos eclesiais podem estar à vanguarda desta Grande Missão Continental. Uma responsabilidade e uma graça já recebida, porque, graça recebemos e graça devemos dar".