MADRI, 13 de set de 2004 às 11:51
Depois que o Governo anunciou as mudanças legais em matéria de divórcio a fim de agilizar o trâmite, o Foro Espanhol da Família (FEF) manifestou sua decepção diante do que entende fomenta o aumento da taxa de rupturas familiares e a desintegração da instituição familiar, e pediu ao Executivo estabelecer um diálogo com o objetivo de proteger a família.
Sobre a eliminação dos prazos legais de separação, o Foro considerou que “favorecer o divórcio aumenta a instabilidade social e familiar” e que “a agilização dos trâmites de separação levaria a um aumento na taxa de rupturas familiares”.
Em um comunicado, o FEF lembrou o que seu porta-voz, Benigno Blanco afirmou sobre a dissolução do vínculo matrimonial no país: “A Espanha é um dos poucos países onde por vontade de um só dos cônjuges, o matrimônio pode se dissolver, escavando a liberdade da outra parte e deixando os filhos em uma situação de desproteção e incerteza”.
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O FEF lembrou que “35 por cento das separações matrimoniais não termina em divórcio”, insistindo ao Governo “que tome medidas para proteger a unidade familiar”. “A cada ano se reconciliam na Espanha cerca de 15 mil casais, o que supõe 20 por cento das separações totais”, assinalou o comunicado.
“Por tudo isso, o Foro Espanhol da Família insiste para que o Governo convoque uma Mesa de Diálogo entre as associações familiares, os especialistas e a administração, para abordar a problemática da ruptura familiar na Espanha, suas causas e soluções, antes de tomar medidas precipitadas”, concluiu.
Dos 11 milhões de famílias na Espanha, o FEF representa quatro milhões, agrupadas em torno das mais de 5 mil associações e confederações que o integram.