ROMA, 13 de set de 2004 às 16:35
Em um ato público organizado pela Prefeitura de Roma que comemorou a tragédia de 11 de setembro (11-S), o Presidente do Pontifício Conselho da Cultura, Cardeal Paul Poupard, afirmou que a cooperação entre os povos, as religiões e as culturas constitui uma necessidade e urgência para obter um mundo de paz.
"Nesta noite queremos reafirmar que a cooperação entre os povos, as religiões e as culturas não é uma decisão entre outras, possivelmente secundária e acessória; é uma urgência, uma verdadeira necessidade: todos estamos chamados a trabalhar juntos como família humana para obter um mundo de paz", disse o Cardeal.
Durante a II Jornada da Interdependência realizada na Praça do Capitólio, e cujo tema foi "Em memória de 11 de setembro-diálogo para a paz", o Cardeal Poupard declarou que aquela data “marcou tragicamente e segue marcando nossa memória e nossa história comum".
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Em sua intervenção o presidente da congregação vaticana disse que "Em 11 de setembro representa o início de uma nova fase de crueldade e falta de humanidade, marcadas pela sangrenta matança de inocentes. Ficamos horrorizados diante das imagens das crianças de Beslan”. “Parece que nossa humanidade retrocedeu séculos ou milênios nestes últimos meses, nestes últimos dias", acrescentou.
Depois de recordar as duas jovens italianas seqüestradas em Bagdá, que "como tantos outros civis não tem nenhuma justificação", afirmou que "não podemos aceitar esta regressão da humanidade por parte de gente desumana e sem coração, para quem não existem seres humanos ou irmãos mas apenas objetos para usar ou para abater sem o mínimo respeito da sacralidade da vida humana”.
“Não podemos nos acostumar a este modo de viver, a esta perda do sentido da existência humana, de sua sacralidade e caráter intangível", concluiu o Cardeal.