WASHINGTON DC, 13 de jun de 2007 às 17:38
Um estudo realizado pela Universidade de Washington na cidade norte-americana de Seattle revelou esta semana que uma doença sexualmente transmissível até agora quase desconhecida, o Mycoplasma genitalium, está avançando notavelmente entre a população sexualmente ativa, especialmente entre aqueles que usam preservativos.
Segundo o estudo, a nova doença superou a gonorréia entre as pessoas sexualmente ativas nos Estados Unidos, e se localizou em segundo lugar, depois da Clamídia.
A doença, produzida por uma das bactérias menores conhecidas até agora, apareceu pela primeira vez na década de 80, mas experimentou um crescimento surpreendente entre as pessoas que vivem com um casal sexual.
Surpreendentemente, o estudo, publicado no prestigiado American Journal of Public Health, assinala que a taxa de infecção foi "quatro vezes mais alta entre aqueles que utilizam preservativos em suas relações sexuais por via vaginal".
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O estudo se apóia em testes realizadas em 1714 mulheres e 1218 homens entre 18 e 27 anos.
A doença causa a inflamação da uretra nos homens, a inflamação do colo cervical uterino nas mulheres e pode levar à pessoa a ser propensa à infertilidade.
Outros estudos associam a Mycoplasma genitalium com a inflamação dos testículo, enfermidades neonatais e artrite reativa.
A nova doença demonstra que o preservativo, embora reduza a possibilidade de contágio de algumas doenças sexualmente transmissíveis, é absolutamente inútil para prevenir outras –como a Clamídia– e na realidade facilita a transmissão do Mycoplasma genitalium.