ROMA, 15 de jun de 2007 às 01:07
O Observatório Internacional Cardeal Van Thuan sobre a Doutrina Social da Igreja e outras organizações católicas e pró-vida fizeram um chamado para que os católicos deixem de contribuir economicamente com Anistia Internacional (AI) em seguida que esta instituição decidisse apoiar o aborto por considerá-lo um "direito humano".
Em uma nota do Observatório, assinada pelo diretor do mesmo, Stefano Fontana, recorda-se que o Cardeal Renato Martino, Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, "afirma que isto está em contraste com as finalidades originais da organização humanitária, com a integridade dos direitos humanos que tenta promover e convida às associações católicas e aos fiéis individualmente a não financiar mais" a AI, definindo como "insustentáveis" as motivações que justificam tal política.
Fontana precisa que esta posição da AI não é nova já que em "em setembro de 2006, Dom William Skylstad, Presidente dos bispos americanos, pegou papel e caneta, e escreveu a Irene Khan, Secretária Geral da Amnesty. Agora o papel e a caneta foram pegos pelo Cardeal Martino para denunciar o descarrilamento da organização e para retirar o apoio dos católicos".
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Por sua parte, a Fundação Vida (Espanha) considera que "se AI, com sua magnífica trajetória em defesa dos direitos humanos, não defende o Direito humano à Vida quanto a sua universalidade -porque todo ser humano tem direito à vida, sem exceções- e quanto a seu objeto, quer dizer, do momento da concepção até a morte natural, todo seu trabalho humanitário é posto em dúvida, ao não defender o primeiro e mais importante dos direitos humanos, como é o Direito à Vida".
A Fundação Vida "vê lógico que a Igreja Católica aconselhe retirar suas contribuições econômicas a seus fiéis, simplesmente por pura coerência. Como é que qualquer pessoa de boa vontade -tenha algum credo religioso ou nenhum-, rechace uma defesa dos direitos humanos que não inclua o Direito à Vida".
"Que defesa do ser humano pode fazer uma instituição que em seus relatórios exclui intencionadamente os milhares e milhares de feticídios que se produzem diariamente na Espanha, na Europa e em virtualmente todo mundo? Com que autoridade nos proporá eliminar a amputação, o tiro na nuca ou o seqüestro-express se em seguida aceita a morte do feto por uma injeção salina, por sucção ou aspiração, ou mediante dilatação e corte? É então AI uma entidade que defende os direitos humanos?", questiona a Fundação.