VATICANO, 26 de jun de 2007 às 14:39
A recente nomeação do Cardeal Jean Louis Tauran como Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso é, afirmou Rádio Vaticano, a amostra da importância que tem para o Papa Bento XVI o diálogo com as demais religiões, entre elas o Islã. Em declarações a esta emissora, o Cardeal também se referiu à recuperada autonomia do dicasterio. "Acredito que mostra a grande importância que o Papa dá ao diálogo entre as religiões e, em particular, com o Islã. Por isso quis que este conselho recuperasse sua autonomia para ser um instrumento mais eficaz a serviço deste diálogo entre as religiões", afirmou.
Nesse sentido, disse que o discurso que o Papa pronunciou na Universidade de Ratisbona em 2006 teve "uma influência decisiva", pois as reações permitiram ao Pontífice esclarecer seu pensamento. Em seus discursos a representantes de países árabes e da Ásia se vê muito bem o fio condutor de seu pensamento, explicou, que "o diálogo inter-religioso é fator de paz" porque as religiões estão a serviço dela.
Na entrevista, Rádio Vaticano destacou a grande experiência diplomática do Cardeal. Ante isso, o Cardeal Tauran reconheceu que "segundo o que me disse o Santo Padre, efetivamente, minha experiência sobre a problemática do Oriente Médio e os conhecimentos que tenho no mundo árabe me ajudarão a oferecer meu grão de areia para esta construção que é o diálogo entre as religiões".
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Nesse sentido, afirmou que escutará seus colaboradores e expressou seu desejo de impulsionar um trabalho de acordo, por exemplo, entre seu dicasterio, a II seção da Secretaria de Estado, a Congregação para as Igrejas Orientais e a Congregação para a Evangelização dos Povos e o Pontifício para os Estudos Árabes, para que todos "possam ter uma visão completa sobre a problemática deste diálogo".
"O Papa segue reiterando, como disse em Colônia, que o diálogo por exemplo com os muçulmanos não é algo passageiro, mas sim pertence à ação da Igreja. Porque a Igreja é essência de Deus na medida de que Cristo é a Palavra de Deus. Por isso a Igreja é Palavra, é conversação e diálogo de Deus, essencialmente", assinalou.