ROMA, 26 de jul de 2007 às 12:15
O secretário pessoal do Papa Bento XVI, Pe. Georg Ganswein, revelou em uma entrevista ao jornal italiano 'Il Giornale' alguns detalhes do período de descanso e oração que o Pontífice transcorreu na região alpina de Lorenzago de Cadore nas últimas duas semanas.
Ao relatar alguns aspectos destas férias que definiu como "um pouco monástico-beneditinos", o sacerdote alemão compartilhou que as crianças são "as mais decididas" quando se encontram "por acaso" com o Santo Padre em suas caminhadas pelas tardes.
Muitas lhe oferecem flores "que recolhem rapidamente no prado" e também "cogumelos, arándanos ou framboesas", enquanto que os adultos "surpreendidos pelo encontro inesperado", são mas bem "tímidos e não sabem que coisa dizer; faltam-lhes palavras".
A jornada diária do Pontífice, assinalou o secretário, está acostumado a iniciar-se com a Missa, "e depois os agradecimentos, o breviário e a meditação".
Depois do café da manhã, o Papa "se dedica à leitura, ao estudo, a escritura e a meditação" até a uma da tarde. Terminado o almoço dá um "breve passeio pelo parque que rodeia" a residência que o acolhe.
Em horas vespertinas, Bento XVI reza e interpreta no piano obras de Chopin, Schubert ou Mozart, "pelo que o Papa tem predileção".
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
O Pe. Ganswein explicou também que neste período de ferias, o Pontífice esteve a par da situação internacional, pois nunca interrompeu os contatos com a Secretaria de Estado Vaticano e com seus colaboradores mais próximos.
Não procura aplausos mas sim guiar a Cristo
Em outro momento da entrevista, o sacerdote revelou alguns aspectos da personalidade e condutas de Bento XVI.
Assim, referiu que com seus gestos, "simples e moderados", o Santo Padre "não procura aplausos" nem tampouco "chamar a atenção", mas sim "guiar os fiéis para Cristo".
Ganswein assinalou que "de vez em quando" pode-se ver que o Papa fica "surpreso e inclusive impressionado" ante tais demonstrações de afeto e simpatia dos paroquianos, mas Bento XVI responde com uma "linguagem calorosa que já aprendeu".