MADRI, 24 de mai de 2004 às 16:28
O Bispo de Segorbe-Castellón, Dom Juan Antonio Reig, classificou o aborto de “holocausto silencioso”, negou que possa ser considerado um “progresso” e julgou o Estado que o promove de “totalitário”.
Em "Alba", o boletim paroquial da diocese valenciana, o Prelado denunciou que na Espanha são cometidos 77 mil abortos por ano e advertiu que “a crise mais séria que possa ocorrer na sociedade espanhola é aceitar este holocausto silencioso e afirmá-lo como progresso".
No informativo, o Bispo referiu-se a "síndrome pós-aborto", que "padecem a maioria dos que abortaram" e que conduz "a trastornos que requerem ajuda psiquiátrica e espiritual".
"Destruir um bebê no ventre de sua mãe pode ser relativamente simples, mas não é tanto assim tirá-lo de sua mente e de seu coração. Às vezes, a síndrome pós-aborto é incurável. São muitos os casos em que só o sacramento da penitência e a terapia religiosa curam a mãe", disse o Bispo.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
Dom. Reig indicou que se a mãe sofre com o aborto, o Estado sai ainda pior desta "crise cultural". "Quando um Estado se torna cúmplice desta liberdade despótica, transforma-se automaticamente em Estado totalitário". Porque o aborto "é injustificável desde todos os pontos de vista".
Por outo lado, Dom Reig destacou a relação entre castidade e fidelidade matrimonial. O Bispo atribuiu os divórcios à falta de "algo tão esquecido como a castidade". A seu ver, "quando falta a castidade, que custodia o amor fiel, a relação conjugal fica ressentida e se abrem as portas para a infidelidade e todo tipo de perversões".
Além disso, o Prelado afirmou que outra causa das rupturas matrimoniais é o egoísmo, porque "frente a qualquer dificuldade se pensa que a separação e o divórcio são mais progresso e liberdade que o perdão e a reconciliação".
Finalmente, o Bispo de Castellón expressou sua desaprovação a que se atribua à união entre homossexuais a categoria de matrimônio. “Não é lícito nomear com um mesmo termo duas realidades diferentes”, explicou.