MADRI, 20 de set de 2004 às 17:34
Sobre a nova Lei do Divórcio aprovada na semana passada pelo Governo espanhol, o Bispo de Mondoñedo-Ferrol, Dom José Gea Escolano opinou que esta poderia incentivar a intervenção das máfias procurando legalizar imigrantes e que, por outro lado, fecha a possibilidade da reconciliação a vários milhares de matrimônios em problemas.
Dom. Gea Escolano assegurou que a legislação poderia trazer como conseqüência a intervenção de máfias que se dedicariam a arranjar matrimônios para conseguir legalizar a situação dos imigrantes.
O Prelado se perguntou se "as máfias não irão procurar maridos e esposas por outros países que virão aqui por matrimônio, e se nacionalizarem espanhóis, e depois que já estão
aqui". "E quem os tira?", questionou o Bispo.
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Por outro lado, Dom Gea Escolano qualificou a nova lei de "um passo muito desacertado, e em
absoluto conveniente nem para a sociedade, nem para o matrimônio, nem para a família". Segundo seu parecer, a redução do tempo de tramitação do divórcio acabará com a estabilidade da família.
Deste modo considerou que eliminar a necessidade de passar pela separação é algo "do mais insensato, porque mil matrimônios na Espanha que pediram a separação, depois, com reflexões e ajudas, recuperaram-se”. Segundo Dom. Gea Escolano com a nova legislação o matrimônio será o contrato com menor estabilidade dentre os existentes.
Por último, o bispo de Mondoñedo-Ferrol manifestou sua esperança de que esta lei não seja aprovada posto que os deputados "terão suficiente sensatez para vetá-la".