WASHINGTON DC, 28 de ago de 2007 às 17:26
A Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) emitiu um comunicado onde protestou energicamente pela decisão da Anistia Internacional (AI) de promover e apoiar, mundialmente, o aborto como um "direito humano" das mulheres.
Em um comunicado datado de 23 de agosto e assinado pelo Presidente da USCCB, Dom William S. Skylstad, os prelados explicam que esta "mudança de política danifica seriamente a credibilidade moral da Anistia e desvia sem necessidade sua missão. Ao promover o aborto, a Anistia divide seus próprios membros (muitos dos quais são católicos e outros que defendem os direitos dos nascituros) e põe em perigo o apoio do povo em muitas nações, culturas e religiões que compartilham o compromisso com todos os direitos humanos".
Para os bispos dos Estados Unidos, estas ações da AI, "levarão muita gente consciente a procurar meios alternativos para pôr fim aos abusos cometidos sobre os direitos humanos, lutar contra a injustiça, e promover a liberdade de consciência e expressão".
"O trabalho fundamental de proteger a vida e promover a dignidade humana deve seguir. Temos que seguir opostos ao uso da pena de morte e aos impactantes efeitos da pobreza desumanizadora. Temos que seguir apoiando os presos de consciência, refugiados e imigrantes, e outros tipos de oprimidos. Mas faremos tudo isto de maneira autêntica, trabalhando proximamente com organizações que não se oponham ao direito fundamental à vida da concepção até a morte natural", afirmaram.
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O comunicado também denuncia que "para alguns, as ações da Anistia Internacional parecem ser uma resposta compassiva para as mulheres grávidas que se encontram em uma situação difícil, mas esta é uma falsa compaixão".
"O verdadeiro compromisso com os direitos das mulheres –destacam– nos coloca em solidariedade com as mulheres e suas crianças não nascidas. Não os enfrenta mas nos faz falar em nome de ambos. Como nossa conferência já deu, uma resposta muitíssimo mais compassiva é proporcionar apoio e serviços para mulheres grávidas, melhorar seus níveis educacionais e econômicos, e rechaçar toda forma de estigmatização e violência contra as mulheres".
"A Igreja Católica proporciona estes serviços a muitas mulheres em todo mundo e seguirá fazendo-o", destacaram.
Finalmente, os prelados americanos "pediram uma vez mais a Anistia Internacional para que de acordo com os mais nobres princípios, considere seu engano e reverta sua política abortista".