VATICANO, 5 de set de 2007 às 11:51
Ao apresentar esta manhã durante a Audiência Geral a figura de São Gregório de Nisa, o Papa Bento XVI ressaltou seguindo o pensamento deste insigne representante dos Padres Apostólicos, que "o fim do ser humano é o de assemelhar-se a Deus, um fim ao que chega sobre tudo através do amor, do conhecimento e da prática das virtudes".
Depois de transladar-se em helicóptero ao Vaticano desde sua residência de verão em Castel Gandolfo, a 25 quilômetros ao sul de Roma, o Santo Padre presidiu o tradicional encontro das quartas-feiras na Praça de São Pedro e voltou a falar deste santo bispo do século IV que manifestava "uma concepção muito elevada da dignidade do ser humano".
Ante 16 mil paroquianos, o Pontífice assinalou que para este Padre Apostólico "o fim do ser humano é o de assemelhar-se a Deus, um fim ao qual se chega sobre tudo através do amor, do conhecimento e da prática das virtudes, em um movimento perpétuo de adesão ao bem, assim como o corredor se lança para frente".
Mas a perfeição que nos faz partícipes da santidade de Deus, observou o Papa "não é um pouco dado para sempre; é estar sempre a caminho, é uma disponibilidade contínua a seguir para frente porque a plena semelhança com Deus não se alcança nunca" e "a história de toda alma é a de um amor sempre aberto por volta de novos horizontes porque Deus dilata continuamente as possibilidades da alma para fazê-la sempre capaz de bens melhores".
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"Neste caminho de ascensão espiritual, Cristo é o modelo e o professor que nos faz ver a formosa imagem de Deus. Cada um de nós, olhando, é ‘o pintor da própria vida’ onde a vontade executa o trabalho e as virtudes são as cores", adicionou.
O Santo Padre recordou a importância que São Gregório dá à palavra "cristão" porque "cristão é o que leva o nome de Cristo, e quem tem esse nome deve assemelhar-se a Ele também na vida".
Depois de recordar o convite que fazia São Gregório a descobrir a dignidade dos pobres porque Cristo "está também presente" neles e "representam a Pessoa do Salvador", o Papa assinalou que o caminho para Deus, passa portanto, "através da oração, da pureza de coração e do amor pelo próximo". "O amor é a escada que leva para Deus", concluiu.