VATICANO, 15 de set de 2007 às 23:03
O Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Dom Elio Sgreccia, afirmou que "através das formulações como a da ‘dignidade da morte’ ou a ‘ajuda a morrer’, com freqüência se escondem atos eutanásicos. Nunca se deve interromper por piedade uma vida que pode ser sustentada".
"As verdadeiras e próprias terapias são subministradas de acordo à proporcionalidade, de acordo aos critérios de ordinariedade: mas nunca se interrompe voluntariamente a vida, inclusive se prevê que durará pouco ou se pensar que não se pode fazer nada do ponto de vista terapêutico", precisou o Prelado ao comentar a recente publicação da Congregação para a Doutrina da Fé de algumas respostas a perguntas da Conferência Episcopal de Bispos Católicos dos Estados Unidos sobre a alimentação e hidratação de pacientes em "estado vegetativo".
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Do mesmo modo, em entrevista concedida a Rádio Vaticano, Dom Sgreccia recordou que a "Declaração sobre a Eutanásia" que a Congregação para a Doutrina da Fé publicasse em 1980, explica que quando se trata de intervenções terapêuticas "dirigidas a remover um fato agudo de uma enfermidade, fala da ‘proporcionalidade’ e ‘desproporcionalidade’ dos meios, e também fala do ‘caráter ordinário’ e ‘extraordinário quanto à possibilidade do paciente de confrontá-los".
O Prelado explicou que "estas distinções se referem às intervenções terapêuticas. além dessas, no leito do doente e para o doente se deve praticar a assistência, quer dizer o sustento vital, a superação da dor. Estas não são intervenções dirigidas a curar ao paciente, porque o paciente em estado vegetativo permanente nem sempre se cura". Trata-se, em realidade, de assisti-lo com as "curas ordinárias", dado que as "curas para qualquer homem são um direito: para a criança recém-nascida, para nós que somos adultos, que trabalhamos e temos necessidade de sermos nutridos, e também para os moribundos, que têm o direito de receber estas curas, já que são um direito de todos", precisou.