Os membros do Partido Popular (PP) rechaçaram a intenção dos apresentadores dos novos estatutos de eliminar a menção ao "humanismo cristão" como fonte filosófica do agrupamento política.

Os mais de três mil delegados que participarão do 15º congresso do PP o primeiro fim de semana de outubro renunciaram a suprimir de seus estatutos a menção ao “humanismo cristão” e sua substituição pela mais genérica de "humanismo de tradição ocidental" através de numerosas emendas ao texto proposto pelo Gabriel Elorriaga e Ana Pastor.

Segundo os dois apresentadores do texto reformado, o humanismo de tradição ocidental é um conceito mais amplo que incorpora, além disso do cristianismo, os valores da Ilustração que serviram de base para o desenvolvimento das democracias pluralistas. Além disso argumentaram que já nos novos estatutos da FAES, a fundação ideológica do PP que preside José María Aznar, incorporou-se faz quase dois anos a expressão de "humanismo de tradição ocidental" como princípio inspirador de sua doutrina.

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Por último, explicaram que a Internacional Democrata Cristã se transformou faz anos em Internacional Democrata de Centro para dar capacidade a projetos políticos similares ao do PP mas sem origem cristã.

Entretanto, esta argumentação foi rechaçada pelos delegados do Congresso que pediram que se mantenha a menção ao cristianismo. Assim, os apresentadores deverão procurar uma fórmula que inclua tanto ao humanismo cristão como ao de tradição ocidental.