ROMA, 27 de set de 2004 às 19:02
O presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, Cardeal Julián Herranz, denunciou o agressivo “fundamentalismo laicista” que se está impondo na Espanha, “que pode repercutir muito negativamente em setores fundamentais da sociedade como o matrimônio, a família e a juventude”.
O Cardeal fez estas afirmações durante a Missa que presidiu na basílica romana de Santo Agostinho em sufrágio do Arcebispo Emérito de Toledo, Cardeal Marcelo González Martinho, recentemente levado a glória de Deus.
Depois de referir-se à virtude de quem fora Arcebispo Primaz da Igreja na Espanha, o Cardeal Herranz expressou sua preocupação, “que compartilham muitos espanhóis e a Conferência Episcopal”, por isso está acontecendo “em nossa pátria a nível de política governamental e opinião”.
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“O conceito democrático da laicidade do Estado, que é justo, está se transformando na Espanha em outro muito diferente: o de fundamentalismo laicista, e compartilhamos o temor de que, respeito a determinados projetos legislativos em marcha, esse laicismo agressivo chegará a ter repercussões muito negativas em setores e valores fundamentais da sociedade”, assinalou o Cardeal.
O presidente do Conselho Pontifício adicionou que os projetos legislativos são contrários não só à moral católica e de outras religiões, mas também à ética natural e “ao mesmo conceito jurídico laico de bem comum”.
Para concluir sua homilia, o Cardeal pediu a Deus “que nenhum totalitarismo ou fundamentalismo laicista e antirreligioso, mais concretamente anticatólico, límpida a pacífica convivência de todos os espanhóis e a colaboração de todos no compromisso comum de favorecer o verdadeiro progresso da liberdade –inseparável à verdade– na democracia espanhola”.