No Terço meditamos a vida de Jesus para amá-lo e segui-lo, afirma o Papa

VATICANO, 7 de out de 2007 às 10:22

O Papa Bento XVI recordou esta manhã, ante os milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro para o habitual Ângelus dominical, que "o Terço é um meio agradável pela Virgem para contemplar Jesus e, meditando sua vida, amá-lo e segui-lo sempre fielmente".

O Santo Padre explicou que "este primeiro domingo de outubro nos dá dois motivos para rezar e refletir: a memória da Beata Virgem Maria do Rosário, que se recorda hoje; e o esforço missionário, ao que se dedicou este mês de modo especial".

"A imagem tradicional da Virgem do Rosário que com um braço sustenta o Menino Jesus e com o outro coloca a coroa em Santo Domingo: esta significativa iconografia mostra que o Terço é um meio agradável pela Virgem para contemplar Jesus e, meditando sua vida, amá-lo e segui-lo sempre fielmente. É a ordem que a Virgem deixou também em suas diversas aparições", prosseguiu o Pontífice.

"Penso, em particular, na da Fátima ocorrida há 90 anos. Aos três pastores Luzia, Jacinta e Francisco, se apresentou como a ‘Virgem do Rosário’ e recomendou com insistência recitar o Terço todos os dias, para obter o fim da guerra. Também nós queremos acolher o pedido maternal da Virgem, nos esforçando por recitar a coroa do Rosário pela paz nas famílias, as nações e o mundo inteiro".

Bento XVI afirmou que "sabemos, entretanto, que a verdadeira paz se difunde ali onde os homens e as instituições se abrem ao Evangelho. O mês de outubro nos ajuda a recordar esta verdade fundamental mediante uma especial animação que têm a manter vivo o espírito missionário em cada comunidade e a sustentar o trabalho de quantos –sacerdotes, religiosos, religiosas e laicos– operam nas fronteiras das missões da Igreja".

Depois de recordar que "nos preparamos para celebrar, no próximo 21 de outubro, a Jornada Missionária Mundial, que terá como lema ‘Todas a Igrejas para todo mundo’", o Santo Padre destacou que "o anúncio do Evangelho oferece o primeiro serviço que a Igreja deve à humanidade, para oferecer a salvação de Cristo aos homens de nosso tempo, de tantas maneiras humilhados e oprimidos, e para orientar com sentido cristão as transformações culturais, sociais e éticas que ocorrem no mundo".

"Este ano há um ulterior motivo que alenta um renovado empenho missionário: o 30º aniversário da Encíclica Fidei donum do Servo de Deus Pio XII, que promove e alenta a cooperação entre as Igrejas para a missão ad gente. Recordo com gosto também que faz 150 anos partiram para a África, precisamente a atual Sudão, cinco sacerdotes e um laico do Instituto de Dom Mazza de Verona. Entre eles estava São Daniel Comboni, futuro Bispo do África Central e padroeiro daqueles povos, cuja memória celebraremos no próximo 10 de outubro".

"À intercessão destes pioneiros do Evangelho e dos numerosos outros Santos e beatos missionários, especialmente à materna proteção da Rainha do Santo Rosário, confiamos a todos os missionários e missionárias. Que Maria nos ajude a recordar que todo cristão está chamado a anunciar o Evangelho, com a palavra e a vida", finalizou o Pontífice.