VATICANO, 16 de out de 2007 às 11:17
Em uma mensagem dirigida a Jacques Diouf, Diretor geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) com motivo do Dia Mundial da Alimentação, o Papa Bento XVI urgiu aos países desenvolvidos a libertar da fome a milhões de seres humanos no mundo.
Comentando o tema eleito para este ano, "O direito à alimentação", o Santo Padre escreve que com ele a FAO "convida à Comunidade internacional a tratar sobre um dos desafios mais graves de nosso tempo: libertar da fome a milhões de seres humanos, cujas vidas estão em perigo por falta do pão cotidiano".
O Pontífice constata que "os esforços realizados até agora não parecem ter diminuído significativamente o número de famintos no mundo, apesar de que todos reconhecem que a alimentação é um direito primário"; e recorda que "o descumprimento do direito à alimentação se deve não só a causas de tipo natural mas também, sobre tudo, a situações provocadas pelo comportamento dos homens e que desembocam em uma deterioração geral de tipo social, econômico e humano".
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O Pontífice recorda que "cada vez são mais numerosas as pessoas que, por causa da pobreza ou de conflitos sangrentos, vêem-se obrigadas a deixar suas casas e seus entes queridos para procurar sustento fora de sua terra. Não obstante os compromissos internacionais, muitas delas são rechaçadas" e destaca que é urgente um empenho concreto no qual "todos os membros da sociedade, tanto no âmbito individual como internacional, sintam-se comprometidos a cooperar para fazer possível o direito à alimentação, cujo descumprimento constitui uma violação evidente da dignidade humana e dos direitos que derivam dela".
O Papa elogia depois "o conhecimento dos problemas do mundo agrícola, da insegurança alimentícia e a capacidade demonstrada para propor planos e programas de solução" da FAO, assim como sua "aguda sensibilidade pelas aspirações daqueles que quantos reclamam por condições de vida mais humanas".
"A Igreja Católica se sente próxima neste esforço e, através de suas diversas instituições, deseja continuar colaborando para sustentar os desejos e as esperanças daquelas pessoas e povos para os quais se dirige a ação da FAO".