BUENOS AIRES, 30 de set de 2004 às 15:20
O Arcebispo de Baía Blanca, Dom. Guillermo José Garlatti, deveu percorrer 500 quilômetros em poucas horas para reunir-se com o Bispo da Viedma, Dom. Estebam Laxague, e dar consolo aos familiares dos três estudantes assassinados por um companheiro de classe.
No estádio Atenas, onde se celebraram os funerais, os prelados ofereceram responsos separadamente diante de cada féretro e com cada família, em companhia do Vigário General de Baía Blanca, Padre Pedro Laxague, e o sacerdote Juan Carlos Cristina da localidade do Patagones, cenário da tragédia.
Ontem, um estudante de 15 anos identificado como Rafael S. atacou a tiros a seus companheiros de classe na escola fiscal Malvinas Argentinas de Carmen do Patagones, na fronteira de Viedma com Baía Blanca. Deixou três mortos –duas mulheres e um homem- e cinco feridos graves. O adolescente tinha tomado a arma de seu pai, um agente da Prefeitura Naval. Até o momento se desconhecem os motivos do crime, mas o jovem já está em poder das autoridades.
Conforme informaram fontes do Arcebispado de Baía Blanca, ao que corresponde a localidade de Patagones, Dom. Garlatti se encontrava de exercício espirituais com o clero de sua jurisdição no momento da tragédia. O prelado percorreu 500 quilômetros para chegar ao enterro.
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Nesta tarde, uma multidão despediu os restos dos três estudantes. O cortejo fúnebre foi liderado pelo prefeito local, Ricardo Curetti. antes da partida para o cemitério, o Bispo de Viedma oficiou um último responso.
Amostras de solidariedade
Além dos dois dias de luto nacional decretados pelo governo, as famílias de Patagones receberam o apoio dos parentes da tragédia de Columbine, que há alguns anos abalou os Estados Unidos, quando dois alunos planejaram a morte de seus companheiros, assassinaram a 12 pessoas e se suicidaram.
Através de mensagens de apoio e testemunhos de pais de família latinos de Columbine, os familiares alentaram a reconciliação de todas as vítimas.