VATICANO, 31 de out de 2007 às 19:13
Durante o discurso pronunciado na sessão da Organização de Nações Unidas sobre os direitos humanos, o Observador Permanente da Santa Sé ante a ONU, Dom Celestino Migliore destacou a necessidade de defender o direito a praticar a religião naqueles países onde existem leis que impõem uma religião específica.
"Minha delegação destaca que o direito à liberdade de religião ou crenças se aplica a todos os seres humanos em qualquer lugar", assinalou Dom Migliore; e adicionou que "as leis contra a Blasfêmia que existem em alguns países ou regiões (majoritariamente muçulmanos) causaram muitos sofrimentos especialmente entre as minorias religiosas, já seja por castigos infligidos que incluem a morte, ou por conseqüências indiretas de destruições de lugares de culto ou julgamentos sumários".
O Núncio Apostólico urgiu a que "naqueles lugares onde tais leis ainda existem, minha delegação urge às autoridades públicas a proteger a segurança daqueles acusados de blasfêmia e proporcionar pleno respeito a seus direitos humanos".
"A minorias religiosas –prosseguiu– tem pleno direito a gozar da liberdade religiosa, ao trato igual ante a lei e os mesmos direitos civis da população geral e membros da maioria religiosa".
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
"Minha delegação segue estando seriamente preocupada porque a liberdade de religião não existe para muitos em diversas partes do mundo", adicionou; e explicou que "as conversões forçadas, execuções, dessacralização de lugares de culto, expulsão de minorias religiosas de suas comunidades e outras formas de perseguição religiosa são violações do direito à liberdade religiosa".
Dom Milgiore recordou que a liberdade religiosa "inclui o direito a acreditar, celebrar, propor a própria fé a outros, aceitarem a fé em total liberdade, associar-se livremente com outros para expressar as convicções religiosas, assim como o direito a mudar de religião".
Finalmente, assinalou que "o progresso no diálogo entre as religiões do mundo é um desenvolvimento positivo. É uma ocasião mas exortar-se mutuamente a uma fé mais profunda, à coexistência pacífica e o mútuo enriquecimento, especialmente quando o diálogo é praticado tanto como testemunho da própria fé e como respeito das convicções religiosas dos outros".