RIO DE JANEIRO, 4 de out de 2004 às 15:43
O Bispo de Santa Cruz do Sul, Dom. Sinésio Bohn, publicou uma carta pastoral intitulada “A Igreja e a Democracia”, na qual recorda que a democracia “não está isenta de falhas” e se deve trabalhar para melhorá-la.
“Se a democracia parecer o melhor sistema para alcançar o bem de todos, não está isenta de falhas. A causa é a própria fragilidade da natureza humana. Daí que os vícios e a corrupção, são possíveis também nas eleições”, recordou o Bispo e precisou que “nossa democracia deve ser sempre mais perfeita, para a dignidade e o bem de todos os brasileiros”.
Do mesmo modo, assinalou que “como não é fácil promover o bem comum em uma sociedade pluralista, existem vários partidos políticos com seus projetos e propostas. Pelo voto se decide qual é o melhor projeto para a comunidade e quais são as pessoas mais aptas para liderar os projetos escolhidos. Por isso o voto é tão importante para o destino do país e das comunidades”.
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Depois de esclarecer que “a Igreja não está filiada a nenhum partido político e deixa ao povo católico livre para votar segundo suas convicções e sua consciência”, esclareceu que a comunidade política e a Igreja “como ambas as instituições estão a serviço dos próprios cidadãos, sempre se procura e aconselha uma boa cooperação”.
“O ideal de democracia participativa é que seja também social, superando a grande desigualdade entre os cidadãos, a violência, as injustiças, a impunidade e tantos outros vícios”, indicou.
Finalmente, manifestou que “como as pessoas são chamadas à vocação por Deus, todos os cidadãos são convocados a cooperar na construção de um mundo melhor, onde reine a paz, a justiça, o respeito, a dignidade e a liberdade”.