Segundo o vaticanista italiano Sandro Magister do semanário L’Espresso, o silêncio do jornal vaticano “L’Osservatore Romano” em relação ao terrorismo islâmico é o “preço” para evitar maiores perigos às minorias cristãs nos países muçulmanos.

Em uma coluna que será publicada em Internet nesta quarta-feira, Magister destaca que resulta “ensurdecedor o silêncio de  L’Osservatore Romano  sobre as características do terrorismo islâmico: a ausência de limites de como opera, em particular quando causa estragos entre meninos indefesos”.

“Há uma razão –diz o Vaticanista italiano-  da Realpolitik neste silêncio das autoridades vaticanos e de seu jornal: o silêncio sobre a matriz islâmica da ofensiva terrorista é o preço pago para proteger de mais sérios perigos aos cristãos, e em particular a quem vive nos países muçulmanos”.

Entretanto, Magister destaca que o Vaticano não ignora que esta “Quarta Guerra Mundial” –utilizando palavras do Cardeal Renato Martino- contra ocidente, os cristãos, os judeus e os muçulmanos “apostata”, tem como sua raiz o fanatismo islâmico.

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O perito destaca que uma das mais importantes prova desta convicção é o recente editorial da revista mensal dos jesuítas de Roma “A Civiltà Cattolica”, cujos textos refletem muito de perto o sentir das autoridades Vaticanos.

O editorial do último número, entretanto, fala abertamente do “terrorismo de matriz islâmica” em repetidas ocasiões.

Em sua coluna, Magister oferece o texto da primeira parte do editorial de La Civiltá Cattolica,  e resenha a segunda parte do mesmo,  dedicado a comentar um recente documento contra o terrorismo assinado por 26 personalidades muçulmanas que vivem na Itália. Um documento que, como explica Magister, resulta pouco representativo. A coluna íntegra do Magister pode ser lida nesta quarta-feira em: www.chiesa.espressonline.it/english