VATICANO, 3 de jan de 2008 às 15:36
O Papa Bento XVI visitou hoje às 11h o centro de acolhida "Dono de Maria" (Dom de Maria) criado faz 20 anos em Roma pela Beata Teresa de Calcutá e dirigido atualmente pela congregação fundada por ela, as Irmãs da Caridade.
A superiora da casa, Irmã Mark Poustani, comentou a Rádio Vaticano que esperavam ao Pontífice "com a alegria e a gratidão que significa ter aqui ao Santo Padre, na nossa casa. É um privilégio poder ter o Papa aqui".
A irmã Poustani explica que "somos uma comunidade de irmãs e a primeira atividade é a oração. Neste momento somos oito irmãs. Começamos com a oração e às 8h recolhemos o fruto desta oração, quer dizer o trabalho com os pobres". "Procuramos não só dar alimento mas também a Palavra aos hóspedes, compartilhando-a com eles todo os dias", acrescentou.
Seguidamente, a religiosa assinala que a Beata Madre Teresa de Calcutá "já em 1970 desejava ter uma casa de acolhida para os pobres no coração da Igreja. Era um grande desejo. E o Santo Padre (João Paulo II), quando visitou nossa casa em Calcutá em 1986, recolheu este desejo. O 'Dom de Maria' é fruto do encontro destes dois desejos, o da nossa Madre e o do Santo Padre".
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Esta casa de acolhida, inaugurada em 21 de maio de 1988 pelo recordado Servo de Deus, João Paulo II, encontra-se na esquina externa da Praça do Santo Ofício. Para a visita de Bento XVI na sexta-feira, as irmãs prepararam algumas coisas: uma foto do então Cardeal Ratzinger com a Madre Teresa, uma coroa do rosário colocada no pescoço da imagem da Virgem com o Menino dentro da casa.
"O Papa vem na sua própria casa, que não é somente sua porque estamos no Vaticano. Ele é nossa cabeça de família, nosso pai na fé. Rezamos sempre com o Papa e pelo Papa. Mostraremo-lhe nosso serviço e lhe pediremos que o abençoe. Verá a nossa vida cotidiana. Não faremos nada excepcional: cada dia damos refeições completas a sessenta pessoas e duas vezes na semana distribuímos a mesma quantidade de pães à pessoas da rua. Temos também 50 camas pequenas para pessoas doentes e sem lar", dizem as irmãs.
Da morte da Madre Teresa até hoje, as Irmãs da Caridade receberam 900 irmãs e têm aberto casa em 14 novos países. Esperam que a próxima seja aberta na China.