BUENOS AIRES, 13 de out de 2004 às 13:48
Apesar dos insultos, burlas e discriminação um valente grupo de mulheres argentinas fez ouvir a voz dos não nascidos em uma “cúpula” feminista celebrado anualmente no país procurando a legalização do aborto.
A presidenta da organização Famílias do Mundo Unidas para a Paz (FAMPAZ), Olga Muñoz Ovando, denunciou as agressões das feministas no XIX Encontro Nacional de Mulheres Autoconvocadas, celebrado em Mendoza de 9 a 11 de outubro.
Segundo Muñoz, umas mil mulheres pro-vida participaram da entrevista, contra umas quinze mil abortistas de todo o país.
“A entrada da cidade estava cheia de cartazes que mostravam figuras de recém-nascidos, e diziam ‘Mendoza pela vida, contra o aborto’, ‘Não dê as costas à vida’, cartazes que foram logo destruídos pelas feministas”, indicou.
Conforme explicou, nas oficinas e reuniões de trabalho foram constantes “os insultos proferidos contra a Igreja hierárquica, às que nos opomos ao aborto, às que defendemos a vida desde a concepção”.
“Fomos continuamente discriminadas em muitas oficinas éramos impedidas de nos expressar fazendo valer a força de uma maioria numérica visível, e de um estilo que não é o que habitualmente se vive em um encontro de mulheres mas bem se parece com uma rixa de arruaceiros”, lamentou Muñoz.
Segundo a dirigente, as feministas não cessaram nos cânticos insultantes contra as pro-vida e faziam coro, lemas de apoio às lésbicas e travestis que participaram da cúpula.
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Não puderam com as pro-vida
“À medida que as oficinas avançavam e foram escrevendo as conclusões aumentava a agressividade, já que o pequeno David que éramos impunha com astúcia e audácia dissidências nunca sonhadas pelas feministas e cada vez o sonho do encontro que tinha sido obter um consenso pelo aborto livre e gratuito’ estava mais longe das conclusões gerais consensuais”, indicou.
A frustração feminista foi expressa nas conclusões de uma das oficinas de trabalho quando escreveram “que o encontro tinha sido enrascado por mulheres muito bem preparadas pela Igreja”.
Em 10 de outubro, ao término das oficinas se realizou uma marcha de feministas pelas ruas de Mendoza e se temia que como o ano passado, as feministas pintassem as paredes dos templos com insultos.
Felizmente, muitos jovens estudantes, “fizeram guarda em frente às Iglesias para as defender” e replicavam aos insultos entoados pelas abortistas com lemas como “Viva Cristo Rei”, “Viva a Virgem Imaculada”, “Viva a Igreja”, “Viva o Papa” e “Viva o Núncio”.
Muñoz sustentou que apesar de que nas conclusões da entrevista “a filosofia da morte fará ouvir sua voz”, também “se lerá a postura da outra Argentina que esteve presente, uma Argentina que ainda acredita nos valores e defende a vida desde concepção”.
“Hoje sentimos muita alegria ao ver a grande convocatória de católicas que vieram a Mendoza, e orgulhosos pela surpresa que deram” às abortistas, adicionou Muñoz e expressou sua confiança em que “no próximo ano em Mar del Plata dupliquemos a presença de católicas no encontro”.