A constitucionalidade ou não da lei de "Biosegurança" que autorizaria o uso de células trônco de embriões humanos, será discutida em março pelo Tribunal Supremo Federal do Brasil, informaram fontes deste organismo.

A lei, aprovada pelo Congresso brasileiro, que autorizaria o uso de bebês não nascidos para experimentos científicos, foi freada temporáriamente por uma acusação de inconstitucionalidade colocada pelo Ex-procurador geral da República, Cláudio Fonteles.

 

Uma das defensoras do controvertido projeto de lei, a científica Mayana Zatz, doutora em genética da Universidade de São Paulo (Usp), justifica a normativa assinalando que os embriões solicitados "pela comunidade científica" são "aqueles que não serão implantados, e portanto, não vão ter uma vida humana", e assinalou que muitas investigações que manipulam embriões humanos se encontram "freadas" enquanto não se conheça a resolução do STF.

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Entretanto, a científica Lenise Garcia, professora do Departamento de Biologia Celular da Universidade da Brasilia (UnB), assinalou que o uso de células embrionárias é comparável a um aborto: "Inclusive se fossem muito úteis, isso de jeito nenhum justificaria que fossem sacrificados seres humanos para utilizá-los. E além disso, cada vez mais se vem demonstrando que se podem fazer tratamentos com células-tronco adultas".

 

A organização abortista de fachada que se chamam a si mesmas "‘católicas’ pelo direito a decidir", apoiaram a legalização da manipulação de embriões argumentando que "os critérios religiosos não deveriam influir na decisão"; mas a Dra. Garcia assinala que confia em que a lei de "Biosegurança" será rechaçada pelo STF por razões científicas. "Somos um país que não tem muitos recursos para investir em investigações, e as investigações com células-tronco adultas demonstraram ser muito mais promissoras. Na verdade, ao permitir o uso das embrionárias, estaríamos desperdiçando algo que já está dando resultados por uma simples caixinha de surpresas", concluiu a perita.