MADRI, 13 de out de 2004 às 15:29
Sobre o recente denúncia feita pelo jornal The Sunday Telegraph que confirmou que a clínica particular barcelonesa Ginemedex realiza práticas abortistas ilegais principalmente em mulheres britânicas que ultrapassam o limite de semanas de gestação permitido pela legislação inglesa, diversas associações pro-vdta pediram o fim do “turismo do aborto” e ofereceram maior informação sobre casos semelhantes na Espanha.
Segundo o presidente de Médicos Cristãos da Catalunha (MCC), José María Simón Castellví, a notícia que se publica no jornal inglês foi fruto das “gestões” de várias entidades espanholas que defendem pela “cultura da vida”.
Simón não especificou quem se encarregou exatamente de informar o The Sunday Telegraph dos abortos que se praticavam na Clínica barcelonesa, mas anunciou que sairão outras informações deste tipo em meios de comunicação dos Estados Unidos.
Do mesmo modo, o presidente do MCC lamentou que as denúncias que apresentaram em Barcelona e Espanha contra as clínicas abortistas não tenham surtido efeito, e tenham sido arquivadas. “fomos aos tribunais e denunciamos à Fundação Morín (uma instituição que preside o doutor Carlos G. Morín, que também dirige o grupo Barnamedic.com, do qual o Ginemedex é membro)”. “Às vezes, o fiscal que atende a denúncia é de um aspecto, e em seguida o juiz, de outro...”, declarou Simón ao jornal ABC de Madri. “Na Espanha existe uma fraude de lei. Pode-se abortar, se pagar, aos nove meses”, acrescentou.
As entidades como MCC se opõem ao aborto sem exceções. Entretanto “pedimos que, ao menos se cumpra a lei, e só se pode abortar nos casos previstos no Código Penal”, apontou Simón.
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Por outro lado, a Sociedade para o Amparo de Crianças Não Nascidas pediu o fim deste “turismo do aborto”. “Se tomaram ao trabalho de assegurar-se de que o serviço era realizado, mas justamente falharam ao comprovar se era legal. Isto é hipocrisia sobre hipocrisia”, afirmou seu secretário geral, Paul Tully.
“Os abortos tardios supõem um alto risco para a mãe e o BPAS -British Pregnancy Advisory Service- não se responsabilizou de que a atenção posterior dessas mulheres operadas na Espanha”, denunciou Tully.
Por sua vez a Associação de Vítimas do Aborto (AVA) denunciou que as mulheres têm direito a médicos que respeitem sua saúde e a lei como bons profissionais.