LONDRES, 19 de fev de 2008 às 12:15
Em um passo em direção a uma maior autonomia religiosa, o Sínodo geral da igreja anglicana da Inglaterra decidiu prescindir da tradicional aprovação do Primeiro-ministro inglês para a nomeação de bispos desta denominação nascida da separação propiciada por Enrique VIII em 1534.
Seguindo a tradição estabelecida por Enrique VIII quando decidiu separar a igreja da Inglaterra da Igreja católica, o sínodo de bispos anglicanos apresentava ao Rei dois candidatos, dentre os quais a coroa decidia ao eleito para ocupar uma sede episcopal.
Quando a Inglaterra virou monarquia constitucional, a responsabilidade de selecionar aos bispos dentre a dupla apresentada pela "Crown Nominations Commission", recaiu sobre o Primeiro-ministro.
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Durante o Sínodo que concluiu a semana passada, os bispos anglicanos da Inglaterra discutiram se devia primar um modelo de igreja mais desligado do regime político, ou se esta vinculação devia manter-se para preservar a identidade de "igreja da Inglaterra" como completamente distinta da Igreja católica romana.
No debate terminou se impondo a convicção da necessidade de recuperar autonomia do estado para assegurar uma dimensão espiritual mais clara.