200 médicos peruanos publicaram um pronunciamento no qual apóiam a denúncia de uma congressista contra a Ministra de Saúde, Pilar Mazzetti, por mentir ao negar o efeito abortivo da pílula do dia seguinte.

Os assinantes reiteram a existência do efeito antimplantatório ou antianidatório do Levonorgestrel 0.75 mg. Assinalam que a Ministra não quis levar em conta a informação da Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos nem a dos fabricantes do fármaco.

Segundo os profissionais, as bulas do fármaco em outros países e nos documentos oficiais da FDA reconhecem o terceiro mecanismo –que o converte em abortivo para as leis peruanas- e reiteram que não há informação científica que o descarte.

Os médicos assinalaram que Mazzetti anunciou em 30 de março deste ano que esperava a informação do FDA para emitir sua opinião sobre o efeito abortivo da pílula do dia seguinte. “E até agora a Ministra não mostrou a reposta que deu a FDA nem o documento no qual realizou a consulta”, precisaram.

Há algusn dias, a Ministra se apresentou no programa jornalístico Imprensa Livre do canal 4 e assinalou que confiava mais em uma equipe técnica de seu Ministério que no FDA.

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“Dizer isso é uma falta de seriedade por parte da Ministra. Todos os médicos sabem que o FDA é a maior referência  científica em controle farmacêutico em nível mundial. Isso seria como que o Ministro da Defesa do Peru diga, com todo o respeito que se merecem nossas Forças Armadas, que sabe mais de armas que seu similar dos Estados Unidos”, indicaram.

Além disso, denunciaram que “alguns médicos e autoridades de saúde dirigem uma linguagem confusa que não corresponde aos dados científicos nem às leis peruanas, em especial à Constituição”.

“Existe uma vida humana desde a concepção, quer dizer da fusão do óvulo com o espermatozóide, fato que é anterior à implantação do embrião no endométrio. portanto, a mulher já é mãe de seu filho desde o momento em que a concepção ocorreu dentro dela: a gravidez se inicia na concepção e não da implantação”, esclareceram.

Do mesmo modo, advertiram “a intervenção de instituições internacionais promotoras do aborto, que estão procurando implantar o controle da natalidade sem considerar a liberdade de informação e consciência das peruanas e peruanos, nem seus direitos constitucionais e que estão financiando a organizações locais para quem a pílula do dia seguinte é um passo prévio à legalização do aborto e a eliminação do concebido em modos explícitos”.

Para ler o pronunciamento completo e aderir-se ao mesmo, visite o site: www.familiaysociedad.org