ROMA, 15 de out de 2004 às 14:07
O político católico italiano e amigo pessoal do Papa João Paulo II, Rocco Buttiglione, descartou sua renúncia à candidatura para ocupar o cargo de delegado de justiça na Comissão Européia mas assegurou que se deve escolher entre seu trabalho público e sua fé, optará por esta última.
Buttiglione sofre uma dura perseguição por parte dos socialistas europeus que exigem ao presidente da Comissão, o português Durao Barroso, o retire do eventual cargo, devido a sua fé católica, sua defesa da vida e oposição a leis que redefinam o matrimônio.
O valente político foi acusado de homófobo por considerar que as relações homossexuais são pecaminosas.
Em declarações à a BBC, Buttiglione assegurou que não renunciará “porque acredito que é melhor para o Parlamento Europeu e para a Europa ter um homem de consciência” mas esclareceu que “se forem discriminar por católico, prefiro ser um católico”.
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O italiano assinalou que “se me ameaçassem cortando a cabeça por minhas crenças, não sei minha fé seria suficiente, mas tenho fé suficiente para renunciar a meu trabalho na comissão, se isso fosse necessário”.
O presidente do Grupo Socialista no Parlamento Europeu, Martin Shultz, ameaçou rechaçando a nova Comissão Européia (C) o próximo 27 de outubro se Buttiglione é designado delegado. Previamente, os setores de esquerda e liberais da UE, levaram o caso ao Comitê de Liberdades Civis, onde a candidatura de Buttilgione foi questionada por 27 contra 26 votos.
O Comitê de Liberdades Civis somente pode aprovar ou refutar em bloco as nomeações propostas pelo Barroso; mas a tendência dominante no Comitê quer pressionar para que Buttiglione seja eliminado da equipe. Barroso declarou que não retirará Buttiglione.