MADRI, 19 de out de 2004 às 14:47
O Arcebispo de Valladolid, Dom Braulio Rodríguez Plaza, qualificou de "engano" o anteprojeto de Lei aprovado pelo Governo central para equiparar as uniões homossexuais ao matrimônio posto que “querer equiparar legalmente o que não é equiparável” é injusto e dá lugar a confusão.
Em sua última carta pastoral, Dom Braulio Rodríguez destacou que “a razão deste engano está em querer equiparar legalmente o que não é equiparável, com perigo certo de destruir a família vinda do matrimônio, civil ou religioso; e, além disso, sem debate nem consenso, apelando que estava nas promessas eleitorais e que terá, previsivelmente, a maioria no Parlamento".
Tratar com desigualdade que igualmente é injusto, mas insiste que tratar com igualdade o que é, próprio, desigual, também é injusto e dá lugar a confusão. "A sociedade só pode reconhecer como matrimônio a relação homem-mulher e não as tendências sexuais. Estes se casam porque são mulher e homem, e não em função de sua tendência heterossexual", afirmou o Arcebispo.
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Dom Rodríguez Plaza pediu que suas palavras não sejam interpretadas como homofóbicas, pois considera que as pessoas homossexuais não podem ser menosprezadas, "e menos maltratadas e discriminadas" já que qualquer cristão deve reconhecer e aceitar a todo homem ou mulher.
Entretanto, o Arcebispo do Valladolid afirmou que a aceitação social de qualquer orientação não deve levar a consentir o matrimônio entre homossexuais posto que "a união entre homossexuais não é identificável ao matrimônio, falta-lhes o requisito essencial da procriação, impossível entre pessoas do mesmo sexo".
"Bem-vinda seja a concessão de direitos e efeitos civis dessas uniões homossexuais. Desapareçam as discriminações contra esses casais ou essas pessoas homossexuais, mas sem equiparação ao matrimônio", acrescentou o Prelado.