O Observador Permanente ante a FAO, Dom Renato Volante, reafirmou o apoio da Santa Sé, "com a perspectiva essencialmente ética que lhe pertence, daquelas opções de natureza política e social capazes de dar resposta em modo concreto e coerente às necessidades atuais".

Assim o expressou o Prelado recentemente em sua intervenção na Conferência Regional desse organismo para a América Latina e o Caribe, que se celebrou no Brasil.

O prelado elogiou o trabalho que a FAO realiza em colaboração com diversos governos para erradicar a fome e a desnutrição, e explicou que "esta Conferência indica mais uma vez que o esforço principal é transferir em uma dimensão humana aquelas forças que a tecnologia e as novas investigações científicas permitem aplicar à atividade agrícola e, portanto, à produção de alimentos".

"O compromisso é confrontar-se com as mais amplas  estratégias elaboradas a nível mundial para erradicar a pobreza", precisou.

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Seguidamente, e ao referir-se à segurança alimentar, o Núncio sublinhou que isto implica "considerar não só as dificuldades da produção agrícola provocadas por fatores ambientais e de território", mas também "as derivadas de políticas comerciais desfavoráveis causadas pela ausência de progresso nas negociações multi-laterais sobre o comércio de produtos agrícolas".

Deste modo sublinhou que a economia de muitos países "depende quase exclusivamente da exportação de um restrito número de produtos típicos e, ao contrário, a segurança alimentar, da importação de muitos alimentos".

Logo, ao tratar o tema da reforma agrária, Dom Volante comentou que segue sendo uma questão "aberta e problemática" cuja "lenta evolução nos países da região confirma quanto é necessário adotar estratégias de propriedade da terra e legislações que possam realizar-se concretamente".

"Toda reforma agrária deve poder fazer referência à realidade dos pequenos agricultores e das comunidades indígenas, com sua tradição longínqua freqüentemente da dimensão institucional e das vantagens de  novos critérios de produção. trata-se de um objetivo prioritário ao que a Igreja Católica reserva grande atenção, disposta a colaborar com suas estruturas e mediante as formas de associação e cooperação", concluiu.