O Arcebispo de Toledo e Primaz da Espanha, Cardeal Antonio Cañizares Llovera, assinalou que a educação na escola deve fundamentar-se na verdade; especialmente agora, quando existe um clima cultural que "pretende impedir que a razão humana tenda para a verdade, enquanto que sua mesma natureza tende a alcançá-la".

Em seu artigo titulado "A escola tem que ajudar a fundamentar-se na verdade", que publica sua Arquidiocese no suplemento semanal "Pai Nosso", o Cardeal explicou que "a escola tem que ajudar a viver, pensar e atuar conforme a reta razão. Pelo mesmo tem como missão própria a busca e o oferecimento da verdade, não tendo mais limites que a verdade mesma".

Depois de destacar que "o homem na verdade de sua existência, é o primeiro caminho e fundamental da escola", o Arcebispo precisou que "toda sua solicitude educativa tem que estar empenhada e concentrada em que o valor e dignidade do homem se realize plenamente em sua verdade de homem, quer dizer conforme a sua criação querida por Deus, como é querido por Deus todo homem, criatura sua".

Logo depois de sublinhar que a Igreja tem a certeza de que o homem somente pode fundar-se na verdade de Cristo que "manifesta plenamente ao homem ao próprio homem e lhe descobre a grandeza de sua vocação", o Cardeal Cañizares explicou que "sem violentar para nada a reta razão, podemos afirmar e testemunhar que todo aspecto do humanismo autêntico está estreitamente vinculado com Cristo".

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"A este humanismo autêntico pertence a busca da verdade e o acesso à verdade, a realização na verdade, o lucro da própria verdade do homem. Excluir, em efeito, ao homem do acesso à verdade é a raiz de toda alienação", alertou.

O Cardeal de Toledo negou que o homem se possa "ver satisfeito com propostas que elevam o efêmero à fila de valor criando ilusões sobre a possibilidade de alcançar o verdadeiro sentido da existência, ou que faça discorrer a vida quase até o limite da ruína, sem saber bem o que espera.

"Daí a importância decisiva do tema para a escola. Por isso mesmo, o problema central da escola, a meu entender, é a questão da verdade, que não é entretanto uma das tantas questões que o homem deve confrontar, senão a questão fundamental, que não se pode eliminar e que atravessa todos os tempos e estágios da vida e da história da humanidade", finalizou o Cardeal.