BRASILIA, 12 de mai de 2008 às 06:07
Cientistas, juristas e representantes da política brasileira, expressaram seu rechaço à investigação com células tronco embrionárias, e assinalaram seu apoio às investigações com células tronco adultas como méio comprovado para combater enfermidades.
Sob o título “Declaração de Brasília”, os diversos representantes –entre os que também há líderes pró-vida-, lembraram que já em 2004, 57 cientistas americanos advertiram que é falso acreditar que com as células tronco embrionárias se poderiam curar enfermidades.
“Apoiados em evidências disponíveis, ninguém pode predizer com certeza se as células tronco embrionárias, em alguma época, produzirão benefícios clínicos, e, muito menos, benefícios que não sejam obtidos por outros meios menos problemáticos do ponto de vista ético”, afirmaram aquela vez os cientistas americanos.
Lembraram também que a investigação com embriões significa terminar com a vida de seres humanos na primeira etapa de vida. “Entendemos que o ser humano – em todas as fases de sua vida-, não pode ser manipulado como um objeto ou coisa, dispondo-se de sua vida sem importar a finalidade alegada”, assinalaram.
Por isso, expressaram seu rechaço à Lei de Biosegurança, que implica o uso de embriões com fins científicos. Indicaram que a crença erro na opinião pública de que é possível tratar enfermidades com células obtidas de embriões, deve-se à manipulação de informação científica que requer um “sofisticado conhecimento técnico” para compreendê-la.
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Todos os resultados terapêuticos positivos, indicaram, foram obtidos do uso de células tronco adultas obtidas da medula óssea, do cordão umbilical e de outros tecidos.
Finalmente, depois de manifestar sua solidariedade com aquelas pessoas que sofrem diversas enfermidades e que “podem ser tratadas com as células tronco adultas”, os peritos reafirmaram seu respeito pela dignidade da vida humana, a qual deve ser a base de toda investigação científica.
Entre os assinantes destacam o Sub-procurador Geral da República, Cláudio Fonteles; o presidente da Associação Nacional Pró Vida Família, Humberto Leal Vieira; os deputados federais Luiz Bassuma, Miguel Martín e Talmir Rodrigues; a professora associada de biofísica da UNIFESP/EPM, Alice Teixeira Ferreira; a professora do Instituto de Ciências Biomédicas, Cláudia Maria de Castro Batista; o presidente da União de Juristas Católicos do Rio de Janeiro, Paulo Silveira Da Silva Martins Leão Júnior; entre outros.