O jornal La  Razón publicou uma reveladora reportagem na qual afirma que os terroristas do Al Qaeda agora têm como alvo as crianças cristãs iraquianas, a quem ameaça de morte para que se convertam em muçulmanos.

Segundo o jornalista Fernando Pérez Barber, que escreve desde  Bagdá, “a multinacional islâmica do crime, Al Qaeda, se propôs  retirar do Iraque os cristãos à força de dinamite”.

Pérez Barber afirma que até há alguns “entre o povo se mantinham em vigor até há alguns meses uma velha ordem alcunhada para impedir que se estenda o sentimento de derrota: ‘Traidor quem alimenta a propaganda mediante a que alguns radicais muçulmanos tratam de disseminar o medo e provocar nossa fuga; traidor quem admite que existe uma campanha de perseguições dirigida de forma específica contra os cristãos iraquianos’”.

Entretanto, este tabu caiu por terra. “Tal é a freqüência e o alcance dos ataques, seqüestros e coações que não é possível seguir negando que os ‘yihadistas’ do Al Qaeda colocaram aos cristãos caldeus-assírios entre seus objetivos preferenciais. Nas improvisadas reuniões que os fiéis celebram ao término dos ofícios religiosos, estendeu-se a certeza de que a comunidade cristã se encontra em xeque”.

Os radicais conseguiram aterrorizar aos cristãos através da “destruição de destilarias alcoólicas propriedade de cristãos; assassinatos seletivos de vendedores de bebidas; ameaça a mulheres que não levam o ‘hiyab’ e, finalmente, bombas em Igrejas”.

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O jornalista espanhol afirma que a finais do ano passado, os terroristas colocaram um monte de granadas no interior de uma escola primária situada em Mosul com uma nota que dizia: “Convertei-vos ao Islã ou serão assassinados”.

Atualmente, “alguns centros educativos e muitos dos templos caldeus-assírios vêm sendo custodiados por tropas armadas desde que as ameaças começaram a concretizar-se em atentados”.

Entretanto, adverte que nem o guarda do Movimento Democrático Assírio (Zowa) nem o exército americano puderam evitar que continuem ocorrendo atentados contra os cristãos.

“Mais de uma dúzia de mosteiros, templos e conventos foram objeto de atentados desde o  Natal”, denunciou o jornalista. No final de semana passado cinco Igrejas de Bagdá sofreram ataques, cada vez menos fiéis se atrevem a assistir aos ofícios religiosos e “centenas de famílias se viram obrigadas a mal vender suas posses” para fugir do país.

Pérez Barber afirma que “do final da Guerra do Golfo até a invasão norte-americana, a população cristã do país caiu pela metade, até chegar a 800.000 almas. E esse número não deixou que diminuir desde que as tropas aliadas ocuparam o país”.