MADRI, 22 de out de 2004 às 11:54
A “Não Mais Silencio”, uma associação que oferece terapia especializada a mulheres afetadas pela síndrome pós-aborto (SPA), denunciou o ataque sofrido o último fim de semana por parte de alguns setores políticos e da mídia que “se escandalizam de que a Comunidade de Madri possa destinar recursos públicos a uma iniciativa terapêutica para as 800 mil mulheres que abortaram na Espanha”.
A diretora da associação, Pilar Gutiérrez Vallejo, deu conta da grande polêmica suscitada “pela existência e atividade de Não Mais Silencio com motivo de sua oferta de uma terapia psico-espiritual especializada e eficaz” e à “documentação de sua página web: www.nomassilencio.com”.
Os meios aludidos pelo comunicado da associação são O País, a Rede Ser, Rádio Nacional e o jornal Metro.
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Gutiérrez Vallejo recordou aos meios de comunicação “que a ‘não confissionalidade’ não é sinônimo de ‘anti-confissionalidade', e que em um Estado de liberdades e pluralidade, as maiorias têm, ao menos, os mesmos direitos que as minorias quanto a liberdade de expressão e de livre oferta de serviços”.
Segundo a diretora, “este escândalo criado nos traz tristes lembranças de perseguições religiosas e de atitudes inquisitoriais que tanto insultaram quem agora as pratica contra os ‘hereges’ de sua ‘religião’ laicista”.
Depois de apontar que “a terapia psico-espiritual que oferece Não Mais Silêncio demonstrou ser a mais eficaz nos EUA e Canadá, depois de 30 anos de sofrer as seqüelas do aborto”, Gutiérrez Vallejo precisou que a associação que dirige “forma parte de uma iniciativa internacional de mulheres afetadas -e curadas- do Síndrome Post-aborto e que não está ligada à instituição eclesiástica Católica, como fica patente no silêncio dos meios eclesiásticos”.