Marco Aurélio Mello, membro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, assinalou que depois da aprovação da lei que permite a investigação com embriões congelados, agora "o tribunal está amadurecido para julgar a causa" do aborto de crianças anencéfalas.

Conforme o expressou em um dos blogs do jornal Folha de São Paulo, Mello explica que "o julgamento do processo das células tronco embrionárias aplanou o terreno", para reiniciar o projeto que procura legalizar o infanticídio para bebês anencéfalos, quer dizer que nascem sem cérebro ou sem parte dele.

Embora testemunhos tão claros como o de Marcela de Jesus Galante Ferreira, bebê brasileira anencéfala que até setembro de 2007 tinha 10 meses de vida, surpreendendo a próprios e estranhos, pois este tipo de crianças não superam os três meses, Mello assinala que legalizar o aborto para casos como o de Marcela constitui "o primeiro passo antes de um julgamento sobre o aborto", que é um tema que deseja "tratar no plenário" do Tribunal.

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Mello explica além que deseja submeter este tema a uma audiência pública, a segunda promovida em 198 anos do STF, a primeira foi a que tratou o tema da investigação para obter células tronco de embriões humanos. "Vou me dedicar ao processo junto com outros", precisa.

Esta tentativa por legalizar este tipo de aborto não é nova. Já em 2004 grupos anti-vida tentaram obtê-lo mas não conseguiram seu propósito.