BUJUMBURA, 25 de out de 2004 às 15:29
O Pe. Gerard Nzeyimana, sacerdote da Diocese de Bururi, teria sido assassinado por membros das Forças Nacionais de Liberação (FNL), o segundo grupo guerrilheiro do país e que não assinou nenhum acordo de paz com o governo de Burundi.
Segundo fontes da agência vaticano Fides, o assassinato do Padre Gerard, ocorrido em 19 de outubro em uma emboscada na estrada, foi premeditado.
As fontes relataram que os assassinos, depois de deter o automóvel no qual iam o sacerdote, três religiosas e uma jovem, tomaram o passaporte do Padre Gerard e observaram durante um bom tempo a fotografia do documento. Depois de certificar-se de sua identidade, “fizeram-no descer do carro e o mataram com um golpe na cabeça".
Embora não há certeza sobre a identidade dos assassinos, segundo as fontes de Fides, “a opinião geral é que se trata de rebeldes das FNL”.
Atualmente, o FNL é o segundo grupo guerrilheiro em Burundi. As Forças para a Defesa da Democracia (FDD), que era a maior guerrilha do país, assinou um acordo com o governo em 2003, depois do qual passou a formar parte do governo de transição.
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Um homem de paz
Um sacerdote afirmou à Fides que se perdeu “a outro homem de paz”, e indicou que assim o testemunham as oito mil pessoas que chegaram à catedral de Bururi para se despedir do Padre Gerard, que até antes do crime se desempenhava como Vigário episcopal da zona de Makamba.
O sacerdote assinalou que sua morte não só afetou à comunidade católica, “pois de fato, uma delegação protestante cantou na Missa e representantes da comunidade muçulmana elevaram uma oração no momento do enterro".