SYDNEY, 13 de jul de 2008 às 15:18
A pouco de iniciar a JMJ 2008, o Arcebispo de Sydney, Cardeal George Pell, explicou que existem para ter esperança no trabalho e apostolado da Igreja na Austrália, como por exemplo "um número satisfatório de seminaristas", maior participação de jovens nas paróquias, e o trabalho missionário e com os aborígens que se faz no país.
Em entrevista concedida à agência vaticana Fides, o Cardeal indicou que "há movimentos que estão crescendo, entre estes posso citar a prática da 'Via Sacra', que está registrando uma crescente participação de jovens em todas as dioceses. São sinais que nos levam a ter esperança".
Ao falar logo sobre as vocações, o Cardeal Pell disse que "na arquidiocese de Sydney temos 50 seminaristas, um número bastante adequado para as necessidades pastorais. Também nos seminários de Melbourne e Wagga Wagga o número dos membros é satisfatório" e além disso "é elevado o número de jovens leigos que decidem trabalhar durante alguns anos para a Igreja. Temos um bom número de voluntários".
Ao falar do processo de secularização que enfrenta a Igreja na Austrália, o Arcebispo destacou que "apostamos sobre tudo em nosso sistema educativo. O 20% dos jovens australianos freqüentam as escolas católicas. Eu trabalhei para que os jovens tivessem um capelão em suas universidades com quem poder falar e recorrer a ele, e além disso renovei completamente os textos do ensino religioso em todas as classes, da elementar até a média e o bacharelado".
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"Acredito que uma resposta necessariamente passa pela educação das novas gerações. Também neste sentido, a Jornada Mundial da Juventude que se realiza em Sydney representa uma grande oportunidade e uma resposta às perguntas dos jovens", acrescentou.
Seguidamente precisou que "temos cerca de 300 missionários australianos que trabalham no estrangeiro". Ao referir-se ao apostolado realizado entre os aborígens, o Cardeal indicou que 26 por cento deles "são católicos, portanto são nossos irmãos e são parte integrante da Igreja. Suas condições sempre foram bem conhecidas pela Igreja, que os defendeu muitas vezes dos ataques da sociedade e às vezes inclusive do Estado".
"Hoje a situação continua sendo difícil mas nós tentamos igualmente trabalhar por eles. O problema não é tanto a pobreza senão a falta de integração na cultura australiana", explicou.