MEXICO D.F., 25 de ago de 2008 às 19:04
O Presidente da Conferência do Episcopado Mexicano (CEM), Dom Carlos Aguiar Retes, apareceu em televisão de sinal aberto para emitir uma mensagem a favor da vida, enquanto a Suprema Corte de Justiça da Nação decide a inconstitucionalidade da descriminalização do aborto no Df.
Em nome de todos os bispos do país, Dom Aguiar Retes se apresentou no canal 2 de Televisa tendo como fundo à Virgem de Guadalupe, ao Papa e a bandeira do México, para lembrar que "a defesa de um ser humano recém concebido deve acompanhar-se da defesa da dignidade da mulher, respeitar o direito à vida se encontra na base da autêntica democracia e do verdadeiro estado de direito".
O também Bispo de Texcoco destacou "entre os desafios que enfrentamos os mexicanos", "o respeito à vida humana da concepção e até a morte natural" e lembrou que "sem o dom da vida, toda oportunidade se extingue".
Dom Aguiar precisou que "a dignidade humana não depende da cultura, raça, sexo, convicções políticas, crenças religiosas, desenvolvimento das capacidades intelectuais ou idade da pessoa. Todo ser humano possui a mesma dignidade e merece o mesmo respeito em seus direitos fundamentais".
"Nenhuma situação, por excepcional que seja, justifica que alguém machuque a dignidade das pessoas, em especial das mais vulneráveis, marginalizadas ou indefesas.
A defesa valorosa de um recém concebido, deve estar acompanhada da defesa, igualmente decidida, da dignidade da mulher que vive uma gravidez inesperada", precisou.
Neste sentido, pediu a todos, como sociedade, "trabalhar para que nenhuma mulher se sinta condenada, rejeitada, sozinha ou abandonada ao encontrar-se nessa situação. É um dever humano atender solidariamente, à mulher que leva um filho em seu ventre.
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Deste acompanhamento depende, em boa medida, que o aborto não seja a opção a escolher".
"Hoje, mais do que nunca, garantir o direito à vida e de maneira igual para todos, é um dever de cujo cumprimento depende o futuro da humanidade", adicionou.
Dom Aguiar assinalou que "quando em uma sociedade se debate a descriminalização do aborto, o que no fundo se discute é o futuro de uma nação. Reconhecer e respeitar o direito à vida, encontra-se na base da autêntica democracia e do verdadeiro Estado de Direito".
Do mesmo modo, manifestou a confiança dos bispos nas instituições da República e considerou como histórica "a missão que hoje tem a Suprema Corte de Justiça da Nação, ao analisar as leis que descriiminalizem o aborto no Distrito Federal".
"Como cidadãos, confiamos em que os senhores ministros cumprirão seu trabalho com responsabilidade. Esperamos que sua decisão esteja orientada pela justiça, o direito, a verdade e o bem comum", adicionou.
Finalmente, sustentou que "o direito de uma pessoa, não deve prevalecer sobre o direito de outra. A defesa e promoção da vida, é responsabilidade de todos.
Em conseqüência, corresponde agora trabalhar decididamente por uma cultura da vida que a ninguém exclua. O direito à vida e seu respeito absoluto, deve ser a base de nossa democracia".