MEXICO D.F., 30 de ago de 2008 às 12:53
Os sinos da Catedral Metropolitana do México repicaram ontem com o som da dor e luto, depois de conhecer a resolução da Suprema Corte de Justiça da Nação que respaldou a constitucionalidade da lei do aborto na cidade do México, com o que se ratifica esta norma iníqua que permite esta prática infanticida.
O diácono Rafael Parra, responsável pelas torres e campanários da Catedral, assinalou que este tipo de repique, conhecido como "triplo dobro de sino" só é utilizado à morte de um Papa, bispo ou cônego, mas que neste caso soaram "durante uma hora em sinal de luto por tantas vidas inocentes que serão liquidadas".
Junto com a Catedral, outros templos da capital como São Felipe Neri, São Bernardo, Santo Agostinho, o Sagrado Coração, o Santuário de São João dos Lagos e a Paróquia do São Domingos de Guzmán, também repicaram seus sinos em sinal de luto por todos os bebês que serão assassinados devido ao referendo desta polêmica lei anti-vida.
De outro lado, em um comunicado emitido pela Arquidiocese do México, lembrava-se que "a irrenunciável missão encomendada por Nosso Senhor Jesus Cristo a esta Igreja particular obriga a manifestar nossa dor e luto perante o referendo da lei criminal do aborto em nossa cidade".
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Este repique expressa, indicava a nota, o "luto pelos milhões de crianças que serão sacrificadas ante o ‘amparo’ da iníqua lei dos homens uma vez que a Suprema Corte de Justiça da Nação emita seu voto resolutivo em torno da ‘legalidade’ do aborto".
Esta lei, precisava o texto, "faz legal o que nunca poderá ser moral, como é o assassinato de crianças inocentes e indefesos no ventre de sua mãe e para o qual o Estado emprestará seu aparelho de saúde para estes execráveis crímes, instituições que em outros tempos procuraram defender o princípio da vida".
"Contemplamos com pesar o egoísmo e mesquinharia humana que defende a morte antes da vida e por isso elevamos nossas súplicas através da oração e do som dos sinos para que, em sinal de dor, luto e penitência pela matança indiscriminada de infantes, peçamos perdão a Deus por quem tem promovido, votado e ratificado esta lei assassina".