MADRI, 6 de nov de 2008 às 00:01
A Presidenta da Federação Pró-vida (Espanha), Alicia Latorre, assinalou que resulta paradoxal que o PSOE promova a ampliação da lei do aborto na Espanha enquanto que na China se cria um plano de proteção dos direitos humanos. Em sua opinião, com esta tendência a Espanha estaria tomando “a direção da antiga China comunista”.
“Se para expandir a democracia, a China comunista pretende implantar os direitos humanos, Espanha está dando um passo atrás quando nos propomos ampliar o aborto”, advertiu Latorre. “Por isso, A Federação Pró-vida vê com alegria que o governo chinês tenha elaborado um plano de alcance nacional para proteger os direitos humanos”, acrescentou.
“China é uma nação onde até recentemente não tinham nem um termo para expressar o conceito de direito humano. Durante anos ali o aborto foi uma prática habitual, especialmente para que não nascessem meninas, e as conseqüências demográficas foram desastrosas. Por isso é tão positivo que adotem estes direitos que se apóiam na natureza humana”, explicou a líder pró-vida.
Latorre disse também que sua instituição é “consciente de que na Espanha, da despenalização do aborto se cercearam mais de um milhão de vidas que se encontravam no seio materno” e que por tal razão “ampliar o aborto hoje é tomar a direção da antiga China comunista”.
Do mesmo modo, manifestou que embora é certo isto é um grande passo para a democracia chinesa “fica muito por fazer. Especialmente em relação à pena de morte e o aborto provocado”.