MADRI, 9 de nov de 2004 às 14:53
O Arcebispo de Toledo, Dom. Antonio Cañizares Llovera, assinalou que suas intervenções públicas contra a eutanásia constituem um "dever irrefutável" para ensinar a verdade e servir autenticamente a sociedade.
Segundo o Primaz da Igreja na Espanha, trata-se de demonstrar ao povo cristão "qual é a verdade da fé e da moral cristã” e de servir a sociedade, porque "se eu calasse, iria contra esta sociedade" e contra ao homem.
Em suas declarações à imprensa, Dom. Cañizares Llovera indicou que as medidas de legalização previsíveis como as relativas à eutanásia, a ampliação dos casos em que se permitam o aborto, a manipulação de embriões, "não é apostar no homem".
A esse respeito, o Arcebispo, assinalou que respeita a não confissionalidade do Estado, mas considerou que esta supõe também "o respeito a todas as confissões e crenças", e portanto, também à Igreja Católica, que às vezes parece, indicou, que é "a única que não pode falar".
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“Batismo civil”: uma estupidez radical
Por outro lado, e perguntado por sua opinião sobre a celebração do que alguns têm chamado “batismos civis” neste final de semana na Catalunha, o Arcebispo disse que "é uma estupidez radical chamar a isso batismo". Se houver uma inscrição, assinalou, queiram torná-la solenidade, pode-se fazer, "como se quisessem fazer um baile", mas isso não é um batismo, enfatizou.
Neste domingo a prefeitura de Igualada acolheu a primeira “cerimônia de imposição de nome” a uma criança da localidade. No ato –herança da anti-religiosa Revolução Francesa-, o prefeito leu dois fragmentos da Carta dos Direitos humanos das crianças na ONU, assim como um capítulo da Constituição espanhola referente à educação, com o objetivo de dar as boas vindas às crianças nos princípios democráticos.