BUENOS AIRES, 9 de nov de 2004 às 15:02
O Arcebispo de Mendoza, Dom. José María Arancibia, ressaltou o "testemunho de fé, humanidade e esperança, inclusive em circunstâncias adversas", que muitas católicas expressaram durante o XIX Encontro Nacional de Mulheres Auto Convocadas, realizado de 8 a 11 de outubro.
O Arcebispo valorizou a clareza das católicas para propor a visão cristã da pessoa, a vida e a sociedade, e a "caridade" no anúncio do Evangelho.
"A participação foi basicamente uma forte experiência laica. O papel ativo do leigo na discussão de temas cruciais para a sociedade, a família e as pessoas é insubstituível", recordou.
Dom. Arancedo reconheceu que durante as deliberações se constatou "uma forte hostilidade para a Igreja Católica" e denunciou que algumas participantes "sofreram humilhações e discriminações pelo fato de serem fiéis".
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Do mesmo modo, advertiu que se percebeu a existência de "uma mentalidade, cada vez mais difundida e militante, não só contrária ao Evangelho mas também a valores primitivos da ordem natural”.
Acrescentou que se tende a ignorar o valor transcendente da pessoa humana, exaltando uma liberdade falsa e sem limites que se volta sempre contra o homem, e oferece uma interpretação materialista da vida.
Dom. Arancibia lamentou além disso que se insista sobre a "perspectiva do gênero", a despenalização do aborto e a redefinição do conceito tradicional de matrimônio e família.
"O encontro nos permitiu sentir quanta dor, injustiça e desprezo pela dignidade das pessoas que ferem cada dia a muitos nossos irmãos, mulheres e homens. As reclamações, expressos inclusive de forma provocadora, são um grito de dor que nos sacode”, indicou.