MADRI, 10 de nov de 2004 às 18:49
O Bispo de Mondoñedo-Ferrol, Dom. José Gea Escolano, criticou o aborto, a eutanásia e o desprezo da vida afirmando que “por muito que se legisle, não se pode aceitar" este atropelo.
"Tudo o que supõe o aborto, a eutanásia ou desprezar a vida de outros, por muito que se legisle, não se pode aceitar", sublinhou o Prelado e pediu aos membros do Executivo que "deixem falar com a Igreja, que a deixem pregar, e que não se assustem quando a Igreja diz algumas coisas a seus próprios fiéis ou a todo aquele que queira escutá-la".
Em declarações à Radio Lugo, Dom. Gea Escolano disse que "se eliminar um ser humano pode entrar em uma legislação justa que busca o bem comum, não há por onde agarrá-lo", em alusão à normativa relativa ao aborto e à eutanásia.
Do mesmo modo, o Bispo pediu ao Governo deixar de gerar "polêmicas" com a Igreja e que "governe, sem esquecer que toda a lei procura o bem comum e se não ser assim não equivale a tal lei, promulgue-a quem a promulgue".
Segundo o Bispo de Mondoñedo-Ferrol, "o que é estranho é que haja gente com dois dedos de vantagem que não veja que é imoral a pretensão de dar cobertura de lei a assassinatos de pessoas inocentes ou de pessoas inválidas, como é com a eutanásia".
"Se eles tiverem o dever e o direito a governar, nós temos o dever e o direito a pregar", sublinhou.