Dilma Rousseff, selecionada pelo Presidente Lula Da Silva como a candidata do governante Partido dos Trabalhadores (PT) para as eleições de 2010, declarou-se favorável à legalização do aborto no Brasil.

Em uma entrevista concedida à edição brasileira da revista feminina Marie Claire que será publicada este final de semana, Rousseff, que como Chefe da Casa Civil tem categoria de ministro no atual governo, defendeu a legalização do aborto, indicando onde poderia encaminhar seu governo se ganhar as eleições gerais.

“Abortar não é fácil para nenhuma mulher. Duvido que alguém se sinta cômoda fazendo um aborto. Entretanto, essa não pode ser a razão para que não seja legal”, disse a ministra, que de jovem militou na guerrilha urbana comunista.

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“O aborto é uma questão de saúde pública. Há uma quantidade enorme de mulheres brasileiras que morrem porque tentam abortar em condições precárias”, adicionou Rousseff, recorrendo ao argumento das falsas cifras de mortes por aborto que são utilizadas pelas feministas locais, e que foram desmentidas pelas autoridades de saúde do país.

Na entrevista, a candidata do PT assinalou que acredita em Deus. “Fui batizada na Igreja Católica, mas não sou praticante. Mas, olhe, se o avião se balançar, a gente reza um pouquinho”, adicionou brincando.

Desde que foi assinalada por Lula como candidata presidencial do PT para 2010 Rousseff está tentando ganhar presença diante do eleitorado. Entretanto, conforme a pesquisa de opinião, a ministra está significativamente atrás do principal pre candidato da oposição, o atual governador de São Paulo, José Serra. 90 por cento da população do Brasil assinala estar oposta ao aborto.