MADRI, 7 de abr de 2009 às 06:43
O Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Cardeal Ennio Antonelli, explicou que a Igreja se opõe ao aborto porque não há razões “para considerar que o embrião humano não é pessoa”.
Em diálogo com o semanário Alba, o Cardeal Antonnelli reiterou que “a Igreja é contrária ao aborto. Mas não só a Igreja, mas também qualquer pessoa que seguindo a luz natural ou a intuição do coração compreendam que não há razões objetivas, nem científicas nem filosóficas para considerar que o embrião humano não é pessoa. Pelo resto, aplicando o princípio de precaução, deveríamos ser muito cautelosos”.
De visita na Espanha, explicou que “a Igreja promove uma família unida e estável aberta à vida e formada por um homem e uma mulher. Alguns confundem a família com outras formas de convivência. A família tem sua própria identidade não só para a Igreja, mas também para a história e as tradições culturais”.
Depois de reiterar que a família é “a união estável de um homem e uma mulher com uma missão procreativa e educativa”, precisou que “isto tem um grande benefício para a sociedade. Assegura o futuro, a coesão social, a virtude social”.
O Cardeal também pediu repensar a educação sexual porque agora se limita a “informação sobre enfermidades, anatomia, biologia e técnicas contraceptivas, mas não educação sobre os valores que estão em jogo; se deve educar no amor verdadeiro e integrar a sexualidade no gozo da entrega verdadeira”.
Em outro momento, destacou a necessidade “de leigos comprometidos na cultura, a economia e a política, embora hoje a prioridade está nos meios de comunicação; a opinião pública condiciona a política”.