A Coordenadora Estatal de Organizações Feministas considera que se uma garota de 13 anos pode manter relações sexuais consentidas -idade do consentimento legal-, "também deve ter a potestade para decidir sobre as conseqüências dessa relação". Deste modo, advogam para que com essa idade as garotas tenham a possibilidade de abortar sem necessidade de consentimento paterno.

A Coordenadora Estatal de Organizações Feministas registrou esta manhã no Congresso dos Deputados 12.145 assinaturas em contra da reforma da Lei do Aborto que prepara o Governo, já que considera que as 14 semanas de aborto livre é um prazo "claramente insuficiente" e que permanece a atual insegurança jurídica das mulheres e dos profissionais.

Depois de entregar as assinaturas, a porta-voz da coordenadoria, Yolanda Iglesias, destacou que uma de suas principais reivindicações é que se ampliem os prazos para poder abortar livremente. "Queremos que o texto do Governo não seja tão restritivo, para que de verdade seja uma das normas mais avançadas da Europa como dizem as parlamentarias socialistas", há afirmado.

Igualmente, as feministas estão contra que entre as semanas 14 e a 22 se exija juízo médico para abortar, porque este requisito supõe deixar "a decisão sobre a saúde e a maternidade em mãos de outras pessoas". "Por isso, já adiantamos que algumas mulheres grávidas viajarão a outros países mais permissivos ou procurarão a realização de um aborto clandestino", avisam.

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