O Arcebispo de Miami, Dom. John Favalora, viajou a Cuba para celebrar o 200º aniversário da arquidiocese de Santiago e levar doações de remédios e objetos religiosos. Entretanto, teve que  retornar aos Estados Unidos com todos os presentes porque o governo comunista bloqueou a entrega.

Ao chegar ao aeroporto de Miami ontem, Dom. Favalora declarou que sua delegação chegou à Ilha com 21 pacotes mas os funcionários oficiais lhe disseram que não poderia entrar no país com a bagagem, sem oferecer maior explicação.

O Arcebispo indicou que "apenas nesta manhã nos disseram que não as aceitariam (as doações)".

“Podíamos deixá-las ou trazê-las de volta e, é obvio, se deixássemos os pacotes seriam usados pelo governo e nos recusamos a fazê-lo, infelizmente tivemos que trazer de volta esses 21 pacotes de ajuda humanitária e espiritual", afirmou o Arcebispo e assegurou que sua arquidiocese tentará enviar as doações de novo.

Por sua vez, Dom. Tomás Marín, capelão do esquadrão de resgate de Miami Dade e membro da delegação que acompanhou ao Arcebispo a Cuba, adicionou que “não nos deram razões. Só disseram que não podíamos entregá-los”. Dom. Favalora viajou a Cuba com 16 sacerdotes e leigos.

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Apesar do ocorrido, o Arcebispo de São João de Purto Rico, Dom. Roberto Gonzalez, que viajou a Cuba várias vezes  e se uniu ao Arcebispo de Miami na última viagem, declare estar comovido pela forte fé mostrada pelos cubanos.

"As Igrejas  estavam relativamente vazias em 1989” mas “hoje as pessoas não cabem nas Igrejas de Cuba", declarou.

Libertam dissidentes

Neste contexto, ontem o governo cubano libertou três dos 75 dissidentes que receberam penas de seis a 28 anos de prisão em abril 2003, sob “licença extrapenal”, por motivos de saúde.

Embora inicialmente cogitou-se a possibilidade de seis solturas só foram soltos Marcelo López, Margarito Margarito e o jornalista Oscar Espinosa Chepe.