Buenos Aires, 4 de ago de 2009 às 17:59
A Sociedade Argentina de Ética Médica e Biológica emitiu esta semana um comunicando advertindo aos médicos do país e à população em geral sobre o grave risco tanto de saúde como legal que expõe a criação de chamado "telefone do aborto" posto à disposição do público por uma coalizão de feministas e lésbicas na Argentina.
O comunicado denuncia que o propagandeado "0800 ABORTO" –o número é 15 6664 7070– "está à borda da apologia do delito e solicitamos que as autoridades competentes atuem de oficio sobre o particular". Além disso, "estaria incorrendo no presumido delito de exercício ilegal da medicina, dado que este fármaco não tem indicação de tratamento durante a gravidez normal, porque não é curativo, mas sim é abortivo com severas complicações prováveis".
A Sociedade recorda também o que foi expresso pela Academia Nacional de Medicina, segundo a qual "a vida humana começa com a fecundação, isto é um fato científico com demonstração experimental; não se trata de um argumento metafísico ou de uma hipótese teológica. No momento da fecundação, a união do pró-núcleo feminino e masculino dão lugar a um novo ser com sua individualidade cromossômica e com a carga genética de seus progenitores. Se não se interromper sua evolução, chegará ao nascimento".
Além disso, existe "experiência mundial em que a legislação do aborto não termina com o aborto clandestino, pois é um procedimento que se prefere ocultar. A diminuição de mortes maternas esperada com a legalização será acompanhada de um maior número de abortos, quer dizer maior número de mortes fetais".